Vitórias Régias no Museu Paraense
Emílio Goeldi
A vitória-régia ou victória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da família
das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de
círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e
suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície.
Uma flor de Vitória-régia
Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) é branca e abre-se apenas à
noite, a partir das seis horas da tarde, e expelem uma divina fragrância noturna adocicado do
abricó, chamada pelos europeus de "rosa lacustre", mantem-se aberta até aproximadamente as
nove horas da manhã do dia seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa.
Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (cyclocefalo
casteneaea), que a adentram e nelas ficam prisioneiros. Hoje existe o controle por novas
tecnologias (adubação e hormônios)em que é possível controlar o tamanho dos pratos e com
isso é muito usada no paisagismo urbano tanto em grandes lagos e pequenos espelhos d'água.
Vista por baixo
Outros nomes: irupé (guarani), uapé, aguapé (tupi), aguapé-assú, jaçanã, nampé, forno-de-
jaçanã, rainha-dos-lagos, milho-d'água e cará-d'água. Os ingleses que deram o nome Vitória
em homenagem à rainha, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert
Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês. O suco extraído
de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os cabelos. Também utilizada
como folha sagrada nos rituais da cultura afro brasileira e denominado como Oxibata.